Professores de todo o país que lecionam em
escolas no campo e quilombolas receberão, a partir deste ano, formação
continuada e recursos didáticos e pedagógicos para desenvolver as atividades
docentes. As ações para esses educadores estão descritas na Portaria nº 579, de
3 de julho de 2013, do Ministério da Educação, que cria a Escola da Terra.
Os recursos para a formação dos professores
provirão do MEC, mas a execução das atividades caberá a estados, Distrito
Federal, municípios e instituições públicas de educação superior. Para que os
docentes tenham acesso aos cursos, os gestores das secretarias de Educação,
além das instituições públicas, devem aderir à Escola da Terra.
A quantidade de recursos a serem investidos
pelo governo federal nas ações vai depender das adesões. A liberação das
verbas, segundo a portaria, será feita sem necessidade de convênio, acordo ou
contrato.
A Escola da Terra compreende quatro ações:
• Formação continuada e acompanhada de
professores que trabalham com estudantes dos anos iniciais do ensino
fundamental em escolas multisseriadas no campo e em escolas quilombolas, além
dos assessores pedagógicos, que terão a função de tutores
• Oferta de material didático e pedagógico
• Monitoramento e avaliação
• Gestão, controle e mobilização social
Todos os educadores e tutores passarão por
curso de aperfeiçoamento, com carga horária mínima de 180 horas. A formação
compreende um período de freqüência no curso, denominado tempo-universidade, e
outro para as atividades realizadas em serviço (escola-comunidade), acompanhado
por tutores. A qualificação dos docentes será de responsabilidade das
instituições públicas de educação superior que aderirem à Escola da Terra.
A produção e a oferta do material didático e
pedagógico — jogos, mapas, recursos para alfabetização, letramento e matemática
— ficarão a cargo do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que
também garantirá a remuneração, por meio de bolsas, do coordenador estadual e
do tutor responsáveis pelo acompanhamento e orientação dos educadores durante a
formação.
Piloto — Em 2013, sete universidades federais
foram selecionadas para participar de projeto-piloto da Escola da Terra, em
quatro das cinco regiões do país. De acordo com Antônio Lídio Zambom,
coordenador-geral de políticas de educação no campo da Secretaria de Educação
Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, o projeto
distribuirá 7,5 mil vagas. A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) terá 1,5
mil. As da Bahia (UFBA), do Pará (UFPA), de Pernambuco (UFPE), do Rio Grande do
Sul (UFRGS), de Minas Gerais (UFMG) e do Maranhão (UFMA), mil vagas cada uma.
Para que a formação tenha início, segundo
Antônio Lídio, é fundamental que as secretarias de Educação providenciem a
adesão. Os recursos para o projeto-piloto constam do orçamento deste ano. Para
todas as unidades federativas, os cursos estão previstos para 2014. Dados da
Secadi indicam que há cerca de 50 mil escolas multisseriadas e quilombolas
distribuídas em todo o território nacional. O número de professores que
precisam de formação será informado ao MEC pelos gestores das escolas nos
estados, municípios e Distrito federal. A Escola da Terra é uma das ações do
Programa Nacional de Educação do Campo (Pronacampo) do MEC.
A regulamentação, a ser publicada, da Portaria
nº 579/2013 tratará dos prazos de adesão, valor das bolsas e transferência de
recursos. A Portaria do MEC nº 579/2013 foi publicada no Diário Oficial da
União do dia 3 último, seção 1, páginas 11 e 12.
Atensiosamente,
Pedro Bandeira
Secretário Adjunto Municipal de Educação de Apodi
Atensiosamente,
Pedro Bandeira
Secretário Adjunto Municipal de Educação de Apodi
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