O que antes era uma simples recomendação agora virou lei. Nas escolas municipais de ensino fundamental de Mossoró está proibido o uso de celulares nas salas de aula. O aparelho deve permanecer desligado e guardado na mochila e só pode ser usado fora do horário de aula. Na rede particular de ensino algumas escolas já adotavam a proibição.
"É difícil combater porque são os próprios pais que dão celulares aos filhos", disse Angélica Azevedo, diretora de uma escola particular no Vingt Rosado, que proibiu o uso dos aparelhos durante as aulas há um ano. "Há os que ainda trazem, mas estamos conseguindo controlar", completa.
Angélica Azevedo disse que os pais aprovaram a mudança. Em contrapartida os alunos não gostaram da ideia. "Tem alguns que teimam. Quando o professor percebe que eles estão usando confisca o aparelho e só entrega aos pais", disse.
A diretora defende que a proibição não compromete a comunicação dos alunos com os pais e familiares. "Nosso telefone está sempre à disposição para quem quiser ligar. Se o pai ou alguém ligar precisando falar com o aluno nós vamos chamar na sala de aula. O recado não vai deixar de ser dado", ressalta Angélica.
O não cumprimento dos dispositivos da Lei Municipal Nº 2829, de 10 de janeiro deste ano, implicará, ao infrator, imposição de multa, convertida em prestação de serviços comunitário dentro da própria escola onde estuda. A penalidade poderá ser aplicada, se for o caso, aos pais ou responsáveis do proprietário ou possuidor do aparelho.
Constatada a infração pelo professor ou responsável pela turma, o aparelho celular poderá ser retido e encaminhado à diretoria da escola, para que seja devolvido somente ao final do horário de aulas ou fim de turno em que estuda o proprietário ou possuidor do aparelho.
A restrição de uso causa controvérsia entre os estudantes. "Para quem sempre precisa estar se comunicando com a família ou algum assunto do trabalho não pode ficar com celular desligado, mesmo que seja enquanto assiste aula. Eu acho que deve ter um bom senso de deixar no silencioso e sair da sala para atender", argumenta Beatriz Lima, aluna de um cursinho preparatório para concursos.
O estudante Rafael Lucas usa, mas é a favor da proibição. "Porque me atrapalha e atrapalha os outros", justifica. Ele garante que sempre deixa o aparelho no modo silencioso e só atende em casos de urgência. "É uma ferramenta de comunicação importante e a gente tem a necessidade de estar sempre usando. O importante é ter consciência e não atrapalhar os outros", completa.
FONTE: GAZETA DO OESTE
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