O avanço do uso da Internet pelos
brasileiros disparou entre os anos de 2005 e 2011, conforme mostra um recorte
da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, de 2011, divulgado na
quinta-feira, 16/5, pelo IBGE. Enquanto a população cresceu 9,7% naquele período,
o acesso à rede avançou 143,8%. A estimativa é de que 77,7 milhões de pessoas
com 10 anos ou mais de idade, ou 46,5% do total, conhecem a rede.
O acesso continua sendo maior entre os jovens – 74,1% dos com 15
a 17 anos e 71,8% daqueles com 18-19 anos estão “conectados – mas entre 2008 e
2011 o maior aumento no acesso se deu entre aqueles com 25 a 39 anos. E o IBGE
destaca que, entre aqueles com mais de 50 anos, a proporção passou de 7,3%, em
2005, para 18,4%, em 2011.
Nesse período, o contingente de pessoas que usou a Internet ao
menos uma vez nos três meses anteriores à coleta da PNAD, que ocorreu no último
trimestre de 2011, aumentou 143,8%. “Em seis anos, o número de internautas no
país cresceu 45,8 milhões, chegando a 77,7 milhões de pessoas de 10 anos ou
mais de idade”, ressalta o Instituto. A progressão é evidente. Nas pesquisas
realizadas em 2005, 2008, 2009 e 2011, o percentual de brasileiros com acesso à
Internet foi de 20,9%, 34,7%, 41,7% e, enfim, 46,7%.
As diferenças regionais continuam, mas há sinais de que a
distância vem diminuindo. “Em 2011, mais de um terço população de 10 anos ou
mais de idade das regiões Norte e Nordeste havia acessado a Internet, ante
pouco mais de um décimo em 2005”, diz o IBGE.
Em 2011, mais da metade da população do Sudeste (54,2%), do
Centro-Oeste (53,1%) e do Sul (50,1%) tinha acessado a Internet, contra 26,2%,
23,4% e 25,5% em 2005, respectivamente. Os maiores percentuais de acessos foram
registrados no Distrito Federal (71,1%), São Paulo (59,5%) e Rio de Janeiro
(54,4%) e os menores no Maranhão (24,1%), Piauí (24,2%) e Pará (30,7%).
O uso da rede é mais comum entre os brasileiros com mais estudo
– no grupo com 15 ou mais anos de estudo o contingente com acesso passou de
76,1% para 90,2%, mas mesmo os menos escolarizados se beneficiaram: entre
aqueles com 0 a 4 anos de estudo a proporção passou de 2,5% para 11,8%.
Da mesma forma, o acesso à Internet cresceu em todas as faixas
de renda, notadamente entre os brasileiros mais pobres. No caso dos domicílios
com renda per capita de até um quarto do salário mínimo, o acesso aumentou de
3,8% em 2005 para 21,4% em 2011. Nos de renda entre um quarto e meio 2 salário
mínimo, ele foi de 7,8% para 30%. E no grupo de meio a um salário, de 15,8%
para 39,5%.
O IBGE ainda detalha que, em todos os anos pesquisados, o
percentual de brasileiros com acesso à Internet foi maior na classe de
rendimento de três a cinco salários mínimos, ultrapassando, inclusive, a classe
de cinco ou mais salários mínimos.
Entre os estudantes, 72,6% dos 37,5 milhões de alunos (com mais
de 10 anos) tinham acesso à Internet em 2011 – mais do que o dobro do
verificado seis anos antes, quando o percentual era de 35,7%. Em termos
absolutos, significa que o total de estudantes internautas aumentou em 13,4 milhões,
ou 97,1%. Sinal dos tempos, visto que mesmo entre os não-estudantes houve um
salto imenso: nesse grupo, o acesso passou de 15,9%, em 2005, para 38,9%, em
2011.
Há distinções entre os alunos das redes pública e privada. O
primeiro grupo, com 29,2 milhões de alunos, registrou acesso de 65,8% em 2011.
Já entre os 8,4 milhões de estudantes da rede privada, os brasileiros
internautas somavam 8,1 milhões, ou 96,2%. Em 2005, os percentuais eram 24,1%
da rede pública e 82,% nas escolas particulares.
Fonte: Convergência Digital, com informações do IBGE
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