quarta-feira, 8 de maio de 2013
(REFLEXÃO) PROBLEMA MAIS DIFÍCIL
Qual será o mais difícil problema do mundo? Será a fome, a miséria, as enfermidades, os desvios morais?
Certa feita, um pai surpreendeu os filhos numa discussão acalorada, onde justamente o que discutiam era a respeito do problema mais complicado a ser resolvido.
Chamou os três rapazes e confiou uma tarefa a cada um. Ao primeiro, deu um rico vaso de argila, ao segundo uma bela corça, e um bolo decorado em uma bandeja de prata ao terceiro.
Os presentes se destinavam ao príncipe que os governava e tinha seu palácio à distância de três milhas.
Logo que iniciaram o trajeto, a discussão começou. O que levava a corça reclamava da forma como o irmão segurava o vaso.
Este, por sua vez, dizia que o irmão desajeitado era o que estava com o bolo, que não concordava com a maneira que a corça era conduzida.
Seguiam pela estrada devagar, cada qual observando e fazendo reparos no outro.
Em um certo trecho do caminho, o que segurava o animal pela corda, decidiu ajeitar o vaso nas mãos do irmão.
Pega aqui, vira ali, o vaso acabou caindo e se espatifando nas pedras.
Com o barulho, o pequeno animal se assustou, puxou com força a corda, libertou-se e fugiu.
O que segurava a bandeja saiu a correr, tentando alcançar a pequena corça, que se embrenhou na mata próxima.
O resultado foi que perdeu o equilíbrio e derrubou a bandeja.
Os três retornaram tristes para casa, relatando ao pai o acontecido. Ao mesmo tempo, estavam envergonhados por não terem conseguido atender a ordem paterna.
O pai ouviu as suas lamentações e os detalhes da história. Homem sábio, falou:
Aproveitem o ensinamento da estrada. Se cada um de vocês estivesse atento para com sua própria tarefa, não teriam fracassado.
O mais difícil problema do mundo, meus filhos, é o de cada homem cuidar dos próprios negócios, sem se intrometer nos alheios.
Enquanto ficamos preocupados com o que o outro tem a fazer, as nossas responsabilidades são esquecidas.
Enquanto ficamos criticando as ações alheias, esquecemos de observar as nossas próprias, que quase sempre traduzem desacertos e irresponsabilidade.
* * *
O verdadeiro caráter da caridade é a modéstia e a humildade. Essas virtudes consistem em ver cada um apenas de forma superficial os defeitos dos demais, esforçando-se por fazer que prevaleça nele o que há de bom e virtuoso.
Não nos esqueçamos que, embora o coração humano seja cheio de defeitos, sempre há em suas dobras mais ocultas o gérmen de bons sentimentos, centelha viva da essência espiritual.
Descubramos esse lado positivo e invistamos nele, todos os dias da nossa existência.
Fonte: Momento Espirita(www.momento.com.br)
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