O uso da cocaína – matéria base do crack
– tem crescido entre os jovens de 14 a 25 anos, conforme indica uma
pesquisa promovida pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O
levantamento diz que das drogas ilícitas mais consumidas no Brasil, a
maconha perde lugar para a cocaína em meio a um grupo específico:
mulheres, jovens.
De
acordo com os dados, 2% das meninas entrevistas nessa faixa etária
relataram ter usado cocaína no último ano, e apenas 1,4% disseram ter
fumado maconha. Entre os homens, as proporções são de 5% e 8,3%,
respectivamente. A preferência pela cocaína entre as mulheres é um
fenômeno raramente observado em outros países, segundo o estudo. No
geral, a maconha costuma ser a droga mais difundida, independentemente
de gênero.
Para
a psicóloga e doutora em psiquiatria Ilana Pinksy, o índice é
surpreendente e reflete a facilidade de se obter cocaína no Brasil, que
faz fronteira com grandes produtores da droga, tais Paraguai e Colômbia.
"Outra possibilidade é que as mulheres estejam evitando a maconha
porque ela aumenta a fome, com a famosa larica, e faz engordar. Daí
acabem se iniciando com a cocaína", afirma Pinksy.
Para
a pesquisa, foram entrevistadas 4.607 pessoas, em 149 Municípios,
durante o ano de 2012 – mas em relação ao uso de tóxicos em 2011. Para
os resultados atuais, foram consideradas as respostas de 1.742
entrevistados, que tinham até 25 anos.
Com informações da Folha de S. Paulo
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